segunda-feira, 10 de junho de 2013

Em movimento

Há 15 dias eu havia indicado o tema para o meu próximo post, que envolveria Movimento Estudantil, UNE e o próprio Congresso da UNE. Bem, este texto se propõe a isso.

Cheguei do CONUNE (Congresso da UNE – União Nacional dos Estudantes, na sua 53ª edição) na última segunda-feira. Devido aos afazeres da faculdade, não pude escrever sobre ele naquele dia. Estou fazendo isso no fim de noite de domingo, mas não conseguirei publicar no blog hoje, como havia combinado comigo mesmo, porque estamos sem internet há dias aqui em casa :/ Amanhã resolvo/emos isso e aí eu publico.

UNE, entidade histórica dos estudantes do Brasil, presente em momentos importantes como no enfrentamento à Ditadura Militar e no movimento pelas Diretas Já! e que diante das afrontas que a educação brasileira tem recebido, necessita ser presente e combativa. Tenho participado do movimento estudantil e composto os espaços de mobilização e atuação com este objetivo: acrescentar no combate à precarização da educação e ampliar o meu conhecimento e atuação na sociedade.

Putz, presunçoso este último parágrafo! Mas não se engane, sei bem pouco sobre movimento estudantil e política no geral. Estou começando a aprender e, como todo iniciante, tenho em mim uma empolgação bastante interessante, sobretudo para quem andava meio perdido e desanimado. 

O CONUNE ocorre a cada dois anos e os dois últimos foram em Goiânia. Em cinco dias, ocorrem espaços de discussão, palestras, atos públicos, encontro e eleições, tanto dos membros que irão compor a nova diretoria da entidade quanto dos textos de conjuntura, movimento estudantil e educação que nortearão a atuação da UNE no próximo biênio. Há participação de cerca de 10 mil estudantes de graduação, de todas as partes do país, grupos políticos, coletivos e áreas de estudo. Cada faculdade ou universidade ou similar tem direito a enviar um delegado representante para cada grupo de mil estudantes. Esse delegado é escolhido a partir de uma votação promovida pelo DCE ou por um grupo de estudantes que se oferecem para organizar a eleição e tem direito a voto no congresso. Na Santa Casa, pudemos levar um estudante como delegado, porque temos menos de mil alunos de graduação e neste ano fui o eleito, indo acompanhado por duas alunas suplentes.

Além de nós três, outros dois alunos da faculdade também foram ao Congresso. Compusemos o coletivo Domínio Público, que por sua vez compõe a Oposição de Esquerda da UNE. Esse grupo de oposição concorre nas eleições com a União da Juventude Socialista (UJS) e outros e defende uma linha mais combativa no movimento estudantil, que não simplesmente se alinhe ao governo e tenha criticidade frente às ações e planos deste.

Conseguimos, ao final, cerca de seis centenas de votos de delegados e mantivemos um grupo na direção da UNE, que ainda continua com a presidência da UJS uma vez que essa entidade recebeu a maioria dos votos, na figura da Virgínia Barros, aluna da USP. O momento da eleição é marcado por uma agitação enorme, bem como todo o congresso, que a despeito de uma discussão mais aprofundada dos temas, se perde em festas e interesses políticos de quem atualmente compõe a direção majoritária da UNE.

Muitos temas dos quais quero falar em breve permeiam o Congresso da UNE e eu voltarei a falar dele oportunamente. Para finalizar, foi uma experiência muito importante que eu provavelmente repetirei nos meus próximos anos de graduação. A parte ruim foi tomar banho gelado quatro dias seguidos e a melhor foi conhecer uma galera muito legal que luta com determinação!

No próximo sábado irei para o CONUEE, Congresso da União Estadual dos Estudantes, em Ibiúna, aqui perto de Sampa. Falo dele no próximo post.

“Outra vez, outra vez
Tou na rua outra vez
Somos da oposição
Lutamos pela educação...”

Um abraço, boa semana!

Polin Maia

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Polin Maia