Cheguei do CONUNE (Congresso da
UNE – União Nacional dos Estudantes, na sua 53ª edição) na última
segunda-feira. Devido aos afazeres da faculdade, não pude escrever sobre ele
naquele dia. Estou fazendo isso no fim de noite de domingo, mas não conseguirei
publicar no blog hoje, como havia combinado comigo mesmo, porque estamos sem
internet há dias aqui em casa :/ Amanhã resolvo/emos isso e aí eu publico.
UNE, entidade histórica dos
estudantes do Brasil, presente em momentos importantes como no enfrentamento à
Ditadura Militar e no movimento pelas Diretas Já! e que diante das afrontas que
a educação brasileira tem recebido, necessita ser presente e combativa. Tenho
participado do movimento estudantil e composto os espaços de mobilização e
atuação com este objetivo: acrescentar no combate à precarização da educação e
ampliar o meu conhecimento e atuação na sociedade.
Putz, presunçoso este último
parágrafo! Mas não se engane, sei bem pouco sobre movimento estudantil e
política no geral. Estou começando a aprender e, como todo iniciante, tenho em
mim uma empolgação bastante interessante, sobretudo para quem andava meio
perdido e desanimado.
O CONUNE ocorre a cada dois anos
e os dois últimos foram em Goiânia. Em cinco dias, ocorrem espaços de
discussão, palestras, atos públicos, encontro e eleições, tanto dos membros que
irão compor a nova diretoria da entidade quanto dos textos de conjuntura,
movimento estudantil e educação que nortearão a atuação da UNE no próximo
biênio. Há participação de cerca de 10 mil estudantes de graduação, de todas as
partes do país, grupos políticos, coletivos e áreas de estudo. Cada faculdade
ou universidade ou similar tem direito a enviar um delegado representante para
cada grupo de mil estudantes. Esse delegado é escolhido a partir de uma votação
promovida pelo DCE ou por um grupo de estudantes que se oferecem para organizar
a eleição e tem direito a voto no congresso. Na Santa Casa, pudemos levar um
estudante como delegado, porque temos menos de mil alunos de graduação e neste
ano fui o eleito, indo acompanhado por duas alunas suplentes.
Além de nós três, outros dois
alunos da faculdade também foram ao Congresso. Compusemos o coletivo Domínio
Público, que por sua vez compõe a Oposição de Esquerda da UNE. Esse grupo de
oposição concorre nas eleições com a União da Juventude Socialista (UJS) e
outros e defende uma linha mais combativa no movimento estudantil, que não simplesmente
se alinhe ao governo e tenha criticidade frente às ações e planos deste.
Conseguimos, ao final, cerca de
seis centenas de votos de delegados e mantivemos um grupo na direção da UNE,
que ainda continua com a presidência da UJS uma vez que essa entidade recebeu a
maioria dos votos, na figura da Virgínia Barros, aluna da USP. O momento da
eleição é marcado por uma agitação enorme, bem como todo o congresso, que a
despeito de uma discussão mais aprofundada dos temas, se perde em festas e
interesses políticos de quem atualmente compõe a direção majoritária da UNE.
Muitos temas dos quais quero
falar em breve permeiam o Congresso da UNE e eu voltarei a falar dele
oportunamente. Para finalizar, foi uma experiência muito importante que eu
provavelmente repetirei nos meus próximos anos de graduação. A parte ruim foi
tomar banho gelado quatro dias seguidos e a melhor foi conhecer uma galera
muito legal que luta com determinação!
No próximo sábado irei para o CONUEE, Congresso da União Estadual dos Estudantes, em Ibiúna, aqui perto de Sampa. Falo dele no próximo post.
No próximo sábado irei para o CONUEE, Congresso da União Estadual dos Estudantes, em Ibiúna, aqui perto de Sampa. Falo dele no próximo post.
“Outra vez, outra vez
Tou na rua outra vez
Somos da oposição
Lutamos pela educação...”
Um abraço, boa semana!
Polin Maia
Isso!
ResponderExcluirVamos nos movimentando!