domingo, 23 de junho de 2013

22 anos

Fiz 22 anos nessa semana que passou. Cheguei a uma idade que já me passou pela cabeça algumas vezes, porque eu gosto desse número e porque até há um ano e meio seria a idade com a qual eu me formaria na faculdade e teria que decidir mesmo o que fazer com a minha vida. Eu dizia, ou ainda digo, que 22 é o meu número da sorte - foi o número do candidato a prefeito (do antigo PL, veja só!) pra quem torcia na minha primeira aventura política aos 9 anos (esse candidato foi eleito); foi o meu número de chamada na 5ª série e em outras; foi a colocação em que fiquei no vestibular para Bioquímica na UFV e foi algumas outras coisas que não lembro. Não lembro porque talvez não tenham sido assim tão importantes. Mas ter um número da sorte me pareceu, ou ainda parece, bem importante e é por isso que o carrego comigo. Agora além de número da sorte, carrego o 22 como idade.

É, realmente eu preferi jogar para os 26 a idade com a qual irei decidir mesmo o que fazer com a vida. Com essa idade concluirei a faculdade que faço agora e é um pouco confortante saber que ainda terei um certo tempo para lidar com esse desafio que é tentar ser alguém, ou tentar ser mais que mais um. Minha aventura política dos 9 anos não vingou como eu gostaria, hoje, que tivesse vingado. A vida foi me trazendo novos aspectos, novas programações; e eu somei à pressão da vida uma melancolia, um "fechamento em mim mesmo" e passei quase que toda a adolescência em profunda crise, atribuindo a mim personagens, me despersonificando, me fechando para o mundo.

Ao final da adolescência, por influência das escolhas que fiz para mim, conscientes ou não, acabei encontrando pessoas e lugares que me influenciaram muito positivamente e com as quais aprendi a ser e a me portar como realmente sou. Diria que ainda estou nessa fase de final da adolescência, porque mesmo os 22 anos não me garantem pensar como adulto, na sua concepção mais popular e corriqueira. Entretanto, acho, analisando-me um pouco mais, que estou próximo de um outro estágio da vida, não porque vislumbro esse que vem aí, mas porque me distancio do anterior. Talvez esse novo estágio chamem de idade adulta!

Essa mudança em minha vida, que tenho experimentado nesse ano, já faz com que eu trace novos objetivos e sonhe novos sonhos. E é engraçado experimentá-la! Quando saí de Minas, em janeiro de 2012, para tentar uma nova vida em São Paulo depositava, como já devo ter comentado em algum outro texto aqui, a ideia de que seria um tempo de mudanças extremas, mas não foi o que eu verifiquei. Erros e pesadelos do passado continuaram me sufocando, me oprimindo e aí eu passei quase que todo um ano em função de querer ser algo novo, mas extremamenete temeroso e cheio de dúvidas. 2013 foi/é diferente, as mudanças são palpáveis e tenho coragem de provocá-las. E me sinto bem assim!

O engajamento político, ceifado durante anos, reapareceu e tem me feito bem. Acho que agora ele finalmente irá vingar. De ações concretas, tenho participado de muitas manifestações nas ruas de São Paulo pela revogação do aumento das tarifas do transporte público, contra o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara do pastor Marco Feliciano, em defesa do SUS público e estatal... Em parceria com movimentos sociais e organizações que pensam uma sociedade mais colaborativa, menos desigual e que dê garantias de direito a todos os cidadãos, tenho aprendido bastante e sonhado novos sonhos.

Gostaria de comentar sobre a onda de manifestações que atingiu todo o Brasil, até porque vivi bastante coisa e testemunhei de muito perto os últimos acontecimentos, mas ainda me falta uma elaboração maior e por enquanto deixarei esse vídeo, do professor Mauro Iasi da UFRJ, que eu achei bastante lúcido e informativo para ajudar no entendimento de todo esse processo.


Bem, no dia em que completava 22 anos de idade, comemorei de verdade a revogação do aumento das tarifas anunciado por Haddad e Alckmin. Foi uma vitória conquistada pelo povo e isso muito me alegrou. Não ligo muito para os aniversários, mas como você pode ver, o tempo e a passagem dele tem um significado muito importante para mim.

Boa semana! Até a próxima!

Polin Maia

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