Florzinhas estavam à beira do caminho, na estrada da casa da minha Vó São. Era uma tardinha, eu saí andando pela estrada para pensar um pouco na vida, e a beleza dessas florzinhas, do bem-me-quer, mal-me-quer feito com elas, me despertou o que agora reproduzo / compartilho.
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Bem-me-quer, mal-me-quer
Mal-me-quer, bem-me-quer
Catei uma florzinha à beira da estrada
Lembrei da coisa que as meninas faziam
Do bem-me-quer, mal-me-quer.
E fazendo com uma florzinha, mais duas ou três
Sempre caía no mal-me-quer.
Fui contar e descobri
Que todas as florzinhas tinham número par de petalazinhas
E bastou que eu dissesse o mal-me-quer antes do bem-me-quer
Para que ao final sempre caísse no bem-me-quer.
Pode você ir na beira da estrada da casa de minha vó e conferir!
E mais que isso, entendi que não é a florzinha que me diz se bem-me-quer ou mal-me-quer
É só eu escolher com qual querer eu vou começar a contar.
E assim, sou eu quem define se bem-me-quer ou mal-me-quer.
E alguns dirão que isso deixa tudo menos simbólico e gracejante. Não conte a nenhuma menininha sonhadora, ainda que você a seja, que descobriu isso. Deixe-a seduzir pelo bem-me-quer, mal-me-quer. Ah, vai que a florzinha dela também não siga o padrão das minhas!
Agora peço somente que deixe minha menina bem-me-querer.
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Grande abraço,
Polin Maia
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Polin Maia