segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Amora e jabuticaba maduras

Eu estou precisando de me ater mais às minha coisas e ao meu ser.
Papo de gente solta, consciente de sua vida fugaz, de suas vontades fugazes. O medo vem à tona. A preocupação desnecessária, incompatível com seus sonhos. Sonhar tão alto e viver tão pouco, aproveitar os seus dias é obrigação, menino. Mas aproveita para manter o proveito, sacou?
Você tem saída, eu confio em você, em mim. Talvez converso na segunda/terceira pessoa porque sou tantos e vivo tantas vidas...
Estou vivendo ambas as vidas, gostoso ser assim. Saudável não é, mas o que é saúde se o patológico é convicente e constante? Na minha frugalidade sonhada, não caberia a mim, que sou eu e sou outro, e a tudo o que carrego, nos ombros ou no coração. Então deixa-me no meu mundinho de horror, mistério e sonhos - um dia talvez eu possa explicá-lo, depois de entendê-lo.
Estou, finalmente, muito preocupado comigo mesmo, e não funciono bem assim. Quero o bem dos outros, que o meu vem por retribuição.
Vontade de sentir cheiro de mato, de chuva na janela, de dias sombrios e noites amenas. Vontade de poesia, de amor, de vida, de cachoeira, de literatura, de aventura, de doce, de fruta, de carinho, de mãe, de pai, de felicidade.
Vontade de Minas, do meu Brasil, de gente, de simplicidade, de multidão, de solidão, de surpresa, de conhecimento, de tranquilidade, de otimismo, de aceitação, de música, de saúde, de amora e jabuticaba maduras...

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Polin Maia