quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ouvindo...

Este é o começo de uma longa postagem. Primeiro como uma forma de me desculpar por passar longo tempo sem escrever. Segundo porque nesses dias estive mais interiorizado. Terceiro porque quando fico calado no dia-a-dia sinto uma imensa vontade de escrever...

Primeiro vou colocar uma estrofe da canção "Fracasso", da Pitty. Descobri a música esses dias e tenho refletido sobre minha própria vida usando tal letra como base.

"Vive tão disperso, olha pros lados demais
Não vê que o futuro é você quem faz
Porque o fracasso lhe subiu a cabeça"

Já deu pra sentir não é? E os que me conhecem reconhecerão de início o tom de complexidade que posso dar a algo que talvez nem seja tão complexo. Mas é minha vida...
O mundo lá fora sempre é um local fantástico para mim. Sinto sua leveza mesmo tendo na cabeça tantos problemas. Aprendi a admirar, interiormente. Sei o que acontece e não costumo ter muitas dúvidas do que eu sou.
O aprendizado que ganhei do mundo é um trunfo para mim e fico feliz quando posso passá-lo ao próximo. Pena que aprendi de uma forma tão diferente do que é convencional que acabo passando uma imagem muito distorcida para esse mundo mundano/previsível que ataco vez ou outra nos meus discursos. Tomo o lado dos mais fracos frequentemente e já me viram como um também fraco por isso. Perdi-me algumas vezes no decorrer da existência. Perdi pedaços de mim. Poeta tem dessas coisas...

E já desacreditei de mim. E esse foi quase um erro terminal. O fracasso me subiu a cabeça, como me diria Pitty. E nessas horas aprendi muito, em detrimento de tristezas profundas a sentir que poderia carregar pra toda a vida. Continuo acumulando funções e quero aprender a administrá-las melhor. Só isso.

Vejo que "foco" é palavra de ordem para mim. Disperso que sou, acabo perdendo vivências, raleando a vida, esvaziando-me. E não preciso me esvaziar. A memória, as ideias continuarão alocadas em mim. Preciso apenas organizá-las.

Planejando o futuro, buscando algo melhor. Trabalhando. Usando gerúndios ou não, escrevendo.
E não perder meus prazeres, minhas vontades. Sem individualismo, só querendo ser alguém que também sente e precisa ser reconhecido por isso.

Não, não foi uma grande postagem. Senti tudo o que precisava enquanto escrevia. Vou dormir melhor com isso. Até breve.

maia

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Polin Maia