sábado, 2 de outubro de 2010

Resenha Crítica / Resumo – A Origem

Terça-feira dessas juntamos alguns amigos e fomos ao cinema de Viçosa ver "A Origem". Foi muito bom.

Pra não deixar minha veia de escritor apagada, meio que matei uma aula de Química Analítica para fazer o excerto abaixo. Espero que goste. (Do texto e do filme). Abração =]

Como seria acordar no meio de um sonho? E se você já estivesse sonhando em um, dois ou mais níveis de sonho? Pareceu estranho, não é? Mas é justamente essa estranheza que conduz “A Origem”, filme de Christopher Nolan, com Leonardo di Caprio e Ellen Page, lançado em 2010.

Curioso pelas questões oníricas, Cobb (di Caprio) ganha a vida invadindo a mente das pessoas que dormem e lhes roubando ideias. Acompanhado por conhecedores da técnica do sonho coletivo, ele tem uma missão importante: impedir que uma enorme empresa de energia que detém alta participação no mercado mundial sucumbe com os recuros do planeta. Para isso, o grupo deverá mudar o pensamento do herdeiro da empresa, Robert Fischer (Cillian Murphy) durante uma viagem de avião para Los Angeles.

A prática do sonho coletivo existe em várias partes do mundo e os objetivos dela parecem bastante obscuros. Mas a fantasia toma conta de quem a conhece e sonhar torna-se um vício. O filme retrata, nesse sentido, o envolvimento de uma jovem arquiteta, Ariadne, no caso de Fischer. Além de ser um trabalho de arquitetura, aplicável, digamos, ao nível de sonho, ela se interessou muito por esse tipo de manipulação e isso se transformou em necessidade para sua alma engenhosa.

Ariadne aprendeu logo as técnicas e conseguiu desvendar porque Cobb não conseguia a perfeição nos seus projetos: ele estava envolvendo seus próprios problemas nos sonhos coletivos que se situavam num outro campo e essa interferência causava atribulações que poderiam impedir as ações na mente dos indivíduos. O problema de Cobb era a morte de sua mulher. Ela fora vitima de sua iniciação nessa técnica e ao viver tão intensamente a “vida dos ou ‘nos’ sonhos”, acabou confundindo entre o que era e o que não era a realidade e isso culminou com o seu suicídio. Cobb ficou, assim, com a culpa.

O protagonista precisa, então, reconquistar a confiança da família e provar que não matou sua mulher. Para isso, ele necessita se libertar de um sonho que estava bastante profundo – no qual sua mulher o faz permanecer num mundo só deles. Ariadne descobre como fazer isso. E depois que o caso de Fischer é resolvido, tudo na vida de Cobb parece estar acertado.

A questão da energia não é discutida no final, revelando o propósito maior da obra: a solução do problema de Cobb. Apesar de ser mostrado o reencontro dele com a família, um elemento final nos deixa sem saber se aquilo aconteceu ou se foi tudo apenas um sonho. Você não se permitirá dormir na poltrona. Bom filme.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço por seu comentário. Volte sempre.
Polin Maia