domingo, 29 de junho de 2014

Meu amigo Ronni

Não sei começar a escrever este texto e acho que não há melhor forma de começar discorrendo sobre sua dificuldade intrínseca porque assim, dessa forma, já está começado.

Hoje é domingo, e é meio-dia, portanto volto com minhas publicações semanais. Queria ter começado no domingo dia 22, mas como disse anteriormente, esse não é mais um bom número pra mim... Ok. Tudo acertado. Vamos parar de enrolar e escrever.

Vou falar hoje do meu amigo Ronni, não só porque nessa semana que passou ele comemorou seu aniversário, nem porque estamos a mais de 9000 quilômetros de distância e há mais de um ano sem nos ver, mas sim porque ele está quase voltando! E porque eu espero muito este retorno!

Ronni, se soubesse a alegria que tenho por lhe ter como amigo! Ai ai. Seu apoio e sua presença ainda que à distância têm sido fundamentais para mim nesse que considero um dos períodos mais tumultuados da existência. Sua receptividade a todas as minhas crises e suas palavras de coragem, conforto e otimismo nos momentos mais duros são a prova clara de que nossa amizade se estabelece em níveis muito sagrados e profundos. Suas lições, ensinamentos, opiniões e desabafos, ao mesmo tempo, me revelam que a confiança é recíproca. E nessa reciprocidade construimos um sentimento verdadeiro de fraternidade, e meio que me vem à cabeça que o que nos mantém juntos é justamente essa troca, que nunca terá fim.

As novidades de nossas vidas sempre são comunicadas ao outro, mas ocorre um fenômeno interessante: algumas vezes temos uma certa urgência de falar, noutras parece que queremos guardar a surpresa e deixar que as coisas se concretizem um pouco mais. E percebo, agora, que esse ritmo de compartilhamento traz algo muito legal: somos surpreendidos sempre! Ou porque a notícia foi dada muito cedo ou porque um de nós conseguiu esconder seus planos, o que é bastante difícil. 

Não vou relatar cronologicamente a nossa amizade, como fez alguns dias atrás, porque você já o fez primorosamente e aí ficaria muito fácil e seria um plágio. Vou me lembrar daquele dia em que você me recomendou que fizesse a inscrição pra prova do ENEM, porque eu andava com uma ideia de fazer Medicina, e passamos mais um início de madrugada na sala de casa tentando estudar, descobrindo coisas na internet, comendo e conversando e fazendo a inscrição. Aquele talvez foi o dia de transição entre o que estava colocado pra minha vida e o que ela se tornou. E você estava ali do meu lado, me apoiando e me divertindo. Quero mais um pouco desse tempo!

Meus pensamentos estão dispersos, confesso. Lembro-me muito de muita coisa que vivemos juntos mas transferir para o editor de textos está difícil hoje. Acho que estou enferrujado - muito tempo abdicando da delícia que é escrever, por muitos motivos. Quero só lembrar a você, que nessa semana última transpôs mais um número na sua caminhada, que sua existência é sublime na vida de muita gente. Você traz consolo, esperança e alegria na sua fala, no seu canto, nos seus textos e nas mil outras formas de se expressar que não se dão por palavras. Sonhe cada vez mais alto e continue nos (e especialmente "me") fazendo levantar! Corra atrás e trabalhe forte, porque você é capaz e preparado para isso. Continue nos orgulhando sempre, meu amigo!

Eu estou com muitas saudades, aguardando você aqui em São Paulo ansiosamente! Voe e sonhe bastante e volte para nós. Eu prepararei um café com bolo, pimentão com macarrão e abrirei coca-cola em lata pra gente. Uau!

Um grande abraço maior que 9000 quilômetros!

Do amigo, 

Paulo.

2 comentários:

  1. Paulo,
    Muito obrigado.
    Suas palavras me são preciosas.
    Você é muito gentil!
    Que lindo você reiniciar seus posts com um texto sobre mim. Nem sei se "muito obrigado" é suficiente. =)
    Só que me sinto envolto em um sentimento forte há muito tempo: saudade.
    Que saudade, meu amigo. Que saudade!

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  2. Deve ser bom ter um amigo assim, em quem confiar. Fique bem, Polin

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Agradeço por seu comentário. Volte sempre.
Polin Maia